sexta-feira, 22 de julho de 2011

Reflexão sobre uma polêmica

Talvez eu não tenha a autoridade de um especialista pra dissertar sobre as coisas da Igreja, mas tenho estudo suficiente pra defender muita coisa. Hoje, por exemplo, estive pensando sozinho sobre algumas pessoas que questionam o motivo de os padres católicos não poderem se casar. Pra mim, que vivo dentro da Igreja (com todo o orgulho que acarreta), parece algo meio óbvio. A melhor explicação que eu já ouvi sobre isso veio do padre Tom, da Paróquia São Carlos de Porto Alegre. Baseado no que ele falou desenvolvi um pouco mais o raciocínio, e imaginei algumas situações.
Um padre ministra sacramentos (pastores não ministram sacramentos, mas eu não vou entrar no mérito deles). Alguns deles, em particular a Unção dos Enfermos e o Batismo, os obriga a ficar atentos a qualquer coisa que acontece, porque podem ser chamados a qualquer hora do dia ou da noite. Imagine, então, se o padre fosse casado. Determinada noite ele chega, cansado de um dia cheio, e encontra a esposa com a mesa posta, jantar pronto, velas, rosas e afins… Tudo pra fazê-lo relaxar e aproveitar um pouco o momento a sós. De repente, termina o jantar e os dois vão se curtir. E no auge da coisa, eis que toca o telefone:
-Padre, acabou de ter um acidente, uma pessoa tá quase morrendo e pediu que o senhor viesse dar a Unção dos Enfermos, rápido!!!!!!
Aí vai o padre com aquele dilema. Vai cumprir suas obrigações sacerdotais ou termina o serviço? Aliás, aqui vale outro ponto em relação a esse dilema. Os médicos passam pela mesma coisa e podem se casar. Rá! Tomem, católicos! Rrsrsrsrss, calma que não é por aí. Não sei a estatística exata, mas acho que devem existir uns dez médicos pra cada padre. Tendo um monte de gente pra fazer o mesmo serviço, inclusive na mesma área, facilita muito a vida. Além disso, eles tem períodos específicos pra fazer seu trabalho, fora os imprevistos que com certeza devem acontecer. A vida do padre, no entanto, é muito incerta. A qualquer momento ele pode ser chamado pra mudar de paróquia. Seria um inferno se tivesse uma família.
Problemas da paróquia + problemas com a família. Uma combinação que deixaria qualquer um, no mínimo, com vontade de se jogar da ponte. Imagina se o padre tá no meio da missa, consagrando a Eucaristia, e de repente alguém entra correndo pra ele e diz:
-Padre, o teu filho caiu da escada e quebrou a perna!
            De boa, não tem como. Há quem defenda que a Igreja começou com isso de que os padres não podem se casar na Idade Média, pra impedir que suas riquezas fossem passadas pra descendentes que não seguissem o caminho da Igreja. Se é ou não é verdade, sinceramente, não me interessa. Hoje, a realidade é muito diferente. E acaba fazendo muito mais sentido assim. No dia em que um Papa vier dizer que o casamento dos padres tá liberado, penso eu, vai dar uma dor de cabeça generalizada que vai comprometer seriamente o futuro da Igreja Católica.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Reflexão filosófica do dia

          Disse Mário Quintana certa vez: “O segredo não é correr atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até você”. O que ele esqueceu de explicar é o seguinte: o que fazemos quando as borboletas vem, nos encantam com sua beleza e graciosidade, e depois vão embora como se nada tivesse acontecido?

domingo, 3 de julho de 2011

Destruidora de Corações

Já que eu abri o fim-de-semana com uma música que expressava bem um sentimento pessoal, nada mais justo do que encerrá-lo com outra. É sempre um fator de risco, mas creio que o coração é um simples espelho de si mesmo. Posso dissertar sobre isso um monte, mas fica pra outro post.

HEARTBREAKER – (Originalmente para Dionne Warwick, 1982, versão gravada por Bee Gees em 2002)

-Eu tenho que dizê-lo e é difícil pra mim
Você me fez chorar como eu nunca pensei que faria
Amor é acreditar, mas você me decepcionou
Como posso te amar quando você não está por perto?
E eu
Chego à manhã e você nunca chama
Amor deveria ser tudo ou nada
E não importa o que quer que você faça
Eu fiz uma vida em te amar
Apenas para descobrir que cada sonho que sigo está morrendo
Estou chorando na chuva
Eu poderia estar procurando no mundo por um amor eterno
E sem sentir dor
Quando nos encontraremos de novo?

-Por que você tem que ser uma destruidora de corações?
Essa é uma lição que nunca aprenderei?
Tenho que sair desse feitiço sob o qual estou
Meu amor por você
Por que você tem que ser uma destruidora de corações?
Quando eu estava sendo tudo o que querias que eu fosse
De repente tudo o que eu sempre quis passou por mim
Este mundo pode acabar
Não você e eu

-Meu amor é mais forte que o universo
Minha alma está chorando por ti, e isso não pode ser mudado
Você fez as regras e não pôde ver
Você fez uma vida em me ferir
Fora da minha mente, estou realizado pelo poder do teu amor
Diga-me, quando poderemos tentar?
Ou deveríamos dizer adeus?

-Por que você tem que ser uma destruidora de corações?
Essa é uma lição que nunca aprenderei?
Tenho que sair desse feitiço sob o qual estou
Meu amor por você
Por que você tem que ser uma destruidora de corações?
Quando eu estava sendo tudo o que querias que eu fosse
            De repente tudo o que eu sempre quis passou por mim

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Por Quem Os Sinos Tocam

Pode ser que eu esteja exagerando ou fantasiando algo que não existe, mas devo dizer que, depois dessa sexta-feira, nada consegue expressar melhor o que sinto do que essa música. Mais uma vez, os Bee Gees falam por mim. Mas dessa vez, não se trata de tietagem de fã, mas de algo realmente concreto.

FOR WHOM THE BELL TOLLS (Size Isn`t Everything; 1993)

-Eu tropeço na noite, nunca soube como realmente poderia ter sido
Você não está mais lá para aparar minha queda
A agonia por sua causa, cedi tudo a você mas não poderia viver até o fim
Eu nunca percebi os sinais, você é a última a perceber que o amor é cego
Todas as lágrimas e os anos turbulentos quando eu não poderia esperar por ninguém
Não parei para olhar pra mim mesmo e me ver te perdendo

-Quando o coração solitário se quebra é aquele que o abandona
É o sonho que roubamos
E eu sinto mais sua falta do que o fogo que vai rugir
Há um buraco em minha alma
Pra você é adeus, pra mim é chorar
Por quem os sinos tocam

-Vi você em uma revista, uma foto numa festa onde você não deveria estar
No meio dos braços de outro alguém
Ainda estou apaixonado por ti, você não voltará para o seu pequeno e triste garoto?
Eu venho a sentir por dentro, esse precioso amor nunca foi meu
Agora eu sei, um pouco tarde demais, que eu não poderia viver sem você
No escuro ou na ampla luz do dia, eu prometo que estarei lá

-Quando o coração solitário se quebra é aquele que o abandona
É o sonho que roubamos
E eu sinto mais sua falta do que o fogo que vai rugir
Há um buraco em minha alma
Pra você é adeus, pra mim é chorar
Por quem os sinos tocam

-Agora eu sei que existirão momentos como esse em que eu não poderei estender a mão a ninguém
Eu nunca encontrarei ninguém que me conheça como você me conhece
Você está me deixando, uma criança indefesa, quando demorou muito pra me salvar
Lute contra o demônio e as profundezas do mar azul, eu te seguirei a qualquer lugar
Eu prometo que estarei lá

-Quando o coração solitário se quebra é aquele que o abandona
É o sonho que roubamos
E eu sinto mais sua falta do que o fogo que vai rugir
Há um buraco em minha alma
Pra você é adeus, pra mim é chorar
            Por quem os sinos tocam