terça-feira, 20 de outubro de 2015

Gaming Room



No semestre passado, enquanto cursava cadeira de Administração em Jornalismo sob a tutela da Profa. Ana Cecília, recebi a notícia de que o trabalho de conclusão da cadeira era criar um projeto de empreendedorismo relacionado à comunicação. Paralelo a isso, um colega meu chamado Felipe sugeriu que eu investisse na criação de uma agência de comunicação relacionada ao Jornalismo Gamer, que é bastante primário e falho no Brasil. Me juntei ao meu amigo e sócio Henrique e criamos a Agência de Comunicação Gaming Room, que lançamos como um canal no YouTube com vídeos de análises e gameplays. Hoje ainda somos obviamente pequenos, mas estou pronto pra dizer que é isso o que eu quero pra mim como carreira.
Nossa equipe conta atualmente com quatro pessoas, ainda descobrindo como dar os primeiros passos. Mas quanta coisa já fizemos até agora! Até esta data estamos com 20 vídeos no ar, conseguindo manter a média de um vídeo por semana. Temos página oficial no Facebook e um blog abastecido com a mesma frequência. Nossa primeira entrevista foi com o FunkyBlackCat, o maior YouTuber de Porto Alegre e – provavelmente – da Região Sul. Jornalistas especializados da área já olharam pra nós. Não estamos nada mal pra quem ainda não tem meio ano de vida. Este é só o começo. Queremos fazer história. AVANTE, GAMING ROOM!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O problema do Bairrismo



Sou gaúcho. Tenho muito orgulho em dizer que sou desta terra. Nascido e criado em Porto Alegre. Amo minha bandeira e meu hino. Tomo chimarrão com gosto e não dispenso um bom churrasco. Sei onde fica o Alegrete e recomendo os chocolates de Gramado e Canela pra todo mundo. Mas existe uma coisa no Rio Grande do Sul que, sinceramente, é um problema sério. Sim, sou gaúcho e sou contra o Bairrismo.
Bairrismo, pra quem não está acostumado com o termo, é o excesso de amor pela terra-mãe, a ponto de ser quase um fanatismo. Uma grande parte dos meus conterrâneos sente verdadeira obsessão pelo Estado dito o melhor do Brasil. E nenhuma pessoa dotada de um mínimo bom senso pode fazer um comentário neutro ou mesmo de zoeira sem ser automaticamente chamado de “paulista”. Seja em qualquer área, mais visivelmente em esportes e política.
Durante muito tempo, principalmente em época de eleição presidencial, tenho que aguentar um outro nível de bairrismo: os separatistas. Aqueles que pregam que o Rio Grande do Sul deveria se separar do Brasil e virar um país independente. De novo. Entre 11 de setembro de 1836 e 1º de março de 1845 fomos país independente, tomamos no cu e voltamos com o rabinho entre as pernas. Duvido que fizéssmos melhor hoje. Precisamos do Brasil tanto ou mais do que eles precisam de nós.
Vamos ser bem claros. Amo meu Estado e sinto muito orgulho em ser gaúcho. Só que eu não vou de forma alguma alinhar com essa linha de gaúchos que botam o Rio Grande do Sul no lugar de Deus. A única coisa que isso ocasiona é o pessoal lá de cima torcendo o nariz toda vez que dizemos nosso lugar de origem. Somos um Estado igual a qualquer outro e não podemos nos permitir tamanha arrogância de realmente acreditar que estamos tão acima de alguém.
Porém…


NÓS TEMOS SKIN NO MORTAL KOMBAT X E VOCÊS NÃO!!!!! CHUPA!!!!!!

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Resenha do CD "Nós", da Melody

"Nós" - a primeira grande reunião de inéditas do sexteto

Finalmente, chegou a época de apreciarmos o trabalho mais esperado pelos fãs da banda Melody, o primeiro CD! Aqueles fãs que tiraram o escorpião do bolso durante a arrecadação do ano passado – dentre os quais este que vos fala – receberam ontem, último dia do mês de março, o link do filhote em mídia digital, que será disponibilizado ao público na próxima Quinta-Feira Santa. Esta é a preparação pra vinda da obra de arte em mídia física, em data ainda não divulgada. Resolvi, portanto, fazer minha própria análise sobre as 12 faixas e dizer minhas impressões pessoais. Lembrando que comentário crítico não é forçosamente uma ofensa, e tudo é questão de gosto pessoal.

1-A MAIS PEDIDA
Três músicas deste álbum já eram conhecidas anteriormente, por divulgação prévia. “A Mais Pedida” foi escolhida como faixa de trabalho, sendo talvez a que mais foi utilizada nesses últimos tempos como cartão de visita da Melody. E é uma música boa, apesar de não competir com os melhores trabalhos da banda. A letra é curiosa. Por alguma razão estranha, o pano de fundo é algo bastante utilizado no funk feminino, como ressaltado por Leon Martins em alguma de suas reflexões diárias: a imagem da mulher contemporânea como superior e inatingível, com uma vaidade inconsciente e um gigantesco pé na arrogância. A faixa acabou sendo clipada e o resultado foi, na minha opinião, simplesmente grotesco. Se precisarem de alguma referência, é só lembrar o marketing que a Ubisoft fez no ano anterior ao lançamento de “Watch Dogs” e comparar com o jogo completo. Foi bom? Sim, muito, mas não foi tudo o que prometeram.

2-COMO ANTES
É uma agradável volta às origens da banda. Instrumental simples e um destaque vocálico fantástico. Não são poucos no mundo da música que falam sobre perdas e ganhos, mas mesmo assim a Melody provou que ainda é uma excelente contadora de histórias. “Como Antes” é a verdadeira essência, comparável apenas com o que foi feito lá atrás em “A História de Nós Dois”. É uma faixa excelente por si só, e daquelas que valem ser ouvidas várias e várias vezes.

3-MENINAS DE ATITUDE
(Este álbum vai ter um especial de 25 anos de lançamento e eu ainda não vou ter aprendido a diferenciar a voz da Taísi da voz da Maitê) Apesar do título, a protagonista de “Meninas de Atitude” é comparativamente mais humilde do que em “A Mais Pedida”. Essa música é bem mais a cara da Melody levando em conta tudo o que a banda já tinha mostrado em produções anteriores. “Meninas de Atitude” é simplesmente fantástica, tem uma vibe muito atraente e as gurias mostraram um progresso vocálico surpreendente. Sinto muito mais maturidade somada ao que elas já possuíam. E vale um destaque especial ao Bilo, o baixo tá incrível!

4-DESTINY
Podemos resumir “Destiny” em uma única palavra: hipnotizante. É muito simples, em termos, criar uma música que seja boa, mas precisa ser gênio pra criar uma música que tenha sua própria atmosfera. Aquela que realmente te desliga da realidade. “Destiny” deveria ter sido o carro-chefe desse álbum, na minha opinião.

5-LET`S GO! DANCE!
Hum… Encontrei a primeira falha do CD. O início já não tava me soando bem, mas o que veio depois foi curioso. Ouvi a faixa inteira com aquela impressão de “já ouvi isso antes”, até que depois me veio o estalo: forçando um pouco de imaginação, a base dessa música é parecida com “Ne Bouge Pas”, da Celine Dion, que também não foi um bom trabalho dela.

6-PRETTY LITTLE GIRL
Tudo o que eu disse sobre “Destiny” pode ser aplicado nessa faixa também. Que música linda! Me fez lembrar da época em que eu ia nas festas de 15 anos das minhas amigas e fugia pra algum canto tomar água (sou abstêmio, antes que alguém pergunte) e ficar olhando ou a pista de dança ou alguma janela vazia. Só uma coisa me deixou intrigado: quem é a loira citada na música?

7-QUANDO VOCÊ CHEGAR
Essa ficou estranha. É a primeira vez que percebo tamanho desequlíbrio harmônico em uma música da Melody. Aquela beleza característica que sempre sai da fusão entre vozes e instrumentos ficou perdida aqui.

8-FEITOS UM PRO OUTRO
“Nossos corpos fazem mágica quando se encontram…”, eu vi o que vocês fizeram aí! Hahahahahahahahaha! Ah, enfim… Eu falei em “Como Antes” que a Melody ainda é uma excelente contadora de histórias, e “Feitos Um Pro Outro” só confirmou meu pensamento. Um ótimo tema romântico, uma melodia suave e bem distribuída em todos os pontos. Minha única crítica negativa é aquele velho som de dedo arranhando em corda que dá pra ouvir lá no centro do cérebro.

9-POUCO PRA MIM
Não tenho a menor ideia se foi intencional ou não, mas eu gostei muito desse lado mais puxado pro jazz. A Melody tá conseguindo se superar cada vez mais em faixas românticas, o que já é algo natural devido a sua própria formação de três casais. Ou seja, inspiração não vai faltar faça a proteção e deixa a noite te levar. Com certeza um dos maiores acertos do álbum e da própria carreira da banda.

10-SUMMER DAYS
Uma coisa que falta muito hoje em dia são músicas que não sejam somente boas, mas que sejam também divertidas. Quantos artistas existem hoje que sabem aproveitar a música como aquilo que ela realmente representa? “Summer Days” é exatamente isso, uma faixa boa e divertida. Se um dia perguntarem minha opinião, era essa faixa que merecia um verdadeiro clipe.

11-NÃO VÁ
Pra ser bem sincero, não tenho elogios pra essa faixa. Só que dessa vez vou me abster das críticas uma vez que tenho quase certeza de que ela vai ser uma das preferidas da maior parte dos melodies.

12-SONHO
Quero as cifras dessa faixa na minha mesa em cinco minutos. E posso dizer sem ser puxa-saco que essa é oficialmente A MELHOR MÚSICA DA MELODY! Poesia maravilhosa, melodia inacreditavelmente linda, abertura sensacional, tudo 100% excelente! Quem quer que tenha organizado essa soundtrack, merece um bombom de chocolate por ter tido a genialidade de deixar o melhor pro final.

ÁLBUM “NÓS” – IMPRESSÕES GERAIS
 A Melody está pronta pro mundo. Este primeiro CD é uma prova concreta de que o grupo sabe o que fazer e sabe como fazer. São artistas como eles que ainda tem chance de salvar a música nacional. Claro que, uma vez que o cenário musical está sempre em transição, é óbvio que ainda teremos várias progressões a esperar, mas tive quatro anos pra aprender a confiar no trabalho deles. Eu acredito na Melody. Gostei muito do que ouvi e estou particularmente ansioso pra poder ter a mídia física em mãos.