quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Gosick

Não sou otaku, mas já faz um bom tempo que me tornei fã de animes e mangás. Hoje eu quero dedicar um espaço neste blog pra falar minhas impressões sobre um dos melhores e mais emocionantes animes que eu já vi.
O que primeiro me chamou a atenção em Gosick foi a sinopse. Por eu gostar muito de séries policiais (vide Sherlock, The Closer, Cold Case, Without a Trace, Veronica Mars e afins), fui levado a crer que esse seria apenas mais um título interessante que tratasse dessa temática. A história se ambienta na Europa da década de 20, mais precisamente em 1924, com a reconstrução do continente do Pós-Guerra, incluindo o fictício país de Saubure. O jovem estudante japonês Kujo Kazuya é mandado pra um intercâmbio nesse país, onde conhece a pequena Victorique de Blois. A garota tem apenas dez anos e mora na biblioteca da escola, mas já é reconhecida como a maior inteligência do lugar e frequentemente é vista palpitando em casos policiais e desafios de lógica pretensamente insolúveis. Victorique e Kujo iniciam uma amizade e uma parceria.
Por mais que se esforce, é difícil pra Kujo aprender a conviver com a arrogância e a carência de Victorique, mas, quanto mais ele a conhece, mais se dá conta de que a garota é apenas uma alma entediada em um mundo onde quase ninguém se interessa por ela. Seja por sua anti-sociabilidade ou pelo seu simples prazer em se organizar a seu próprio modo, Victorique tinha uma tal barreira à sua volta que ninguém conseguia chegar nela antes de Kujo aparecer. Ele foi o único a perceber que sempre que ela o chamava de “idiota”, o batia, o chutava ou mesmo roubava sua comida, na verdade estava agradecendo por ele se preocupar com ela e sempre estar por perto quando ela precisasse. E não há como negar que há um carinho muito forte entre os dois.
O motivo de eu gostar tanto desse anime, além da temática perfeita e dos mistérios fantásticos em que os dois se envolvem, é o modo como a trama consegue mexer com a atenção e com o emocional daquele que assiste. Eu, particularmente, tenho um problema: não consigo chorar sempre que quero. O final de Gosick foi algo tão impactante e, ao mesmo tempo, tão poético que mesmo eu não consegui evitar de lacrimejar. E fiquei feliz com isso. Animes como Gosick não foram feitos pra serem apenas assistidos, e sim pra serem saboreados.