segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Contraditório


Vivo uma felicidade triste
Quero inspirar água, para que meus pulmões se encham de ar
Quero morrer, para viver o que eu preciso viver
Quero sorrir alegremente, para chorar as minhas dores
Quero reunir meus amigos, para que eu sempre me sinta sozinho
Quero falar, pois assim nunca poderei ser ouvido
Quero ser feliz, do modo mais triste possível
Mas, acima de tudo
Quero acreditar em mim, para que ninguém mais acredite

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Falsos conhecidos


O que uma missa de Crisma e uma formatura de Ensino Médio tem em comum? Isso parece um início de anedota, mas ontem eu passei pelos dois eventos e descobri algo muito curioso, e ao mesmo tempo chocante, sobre uma face da personalidade humana que eu ainda não conhecia. Todos conhecem os chamados “falsos amigos”, ontem eu descobri a existência dos “falsos conhecidos”.
Não vou entrar em nomes ou descrições por uma questão de ética, mas mesmo assim devo dizer que é muito desagradável chegar em um lugar onde há pessoas que tu conhece, e seguramente te conhecem, e ver que mesmo assim tu tem o poder de passar invisível. Pessoas que tu não vê há muito tempo, e que pelas quais tu ainda tem uma considerável estima – e por que não dizer carinho? – passam perto de ti e, às vezes, nem se dão ao luxo de olhar pro teu rosto. E, no caso da formatura especificamente, criam um ambiente tão pesado que não dá outra escolha a não ser sair de lá. Nada mais me resta a não ser perguntar: o mundo tá ficando mascarado ou será que sou eu que espero demais daqueles que me rodeiam?