sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Por que sou Católico

Quem me conhece há algum tempo já sabe que eu sou um dos poucos defensores da Igreja Católica que não se ressente de defender a Fé que segue. Digo isso porque, de fato, somos muito poucos. Há uma comodidade, pelo menos no Brasil, em que os ditos “Católicos” se contentam unicamente em fazer seu próprio Catolicismo – muitas vezes em atrito com Roma – e ignorar o Testamento de Cristo, as últimas palavras de Jesus antes de voltar pra junto de Deus: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16; 15).
Eu tinha uma ideia da Igreja Católica a partir de uma visão que me foi dada de dentro pra fora, visto que me criei em família Católica. Mas mesmo assim percebia algo estranho. Eu via a Igreja como uma verdade absoluta, mas conforme o tempo passava eu me acordava de que alguns detalhes não batiam uns com os outros. Então entrou o fator que considero o mais desastroso até hoje: minha escola. Sim, estudei em uma escola de ambiente Católico, mas meu corpo docente não o era. Aqui é necessário que eu seja justo: até hoje não sei que religião meus professores seguiam e nenhum deles tentou me empurrar ateísmo, comunismo ou qualquer uma dessas coisas goela abaixo. Se tinham alguma preferência, não percebi. O problema todo aconteceu durante meu Ensino Médio, que são os três anos em que mais se ataca a Igreja Católica, em quase todas as matérias.
Me formei no Ensino Médio trazendo comigo um quadro (metaforicamente falando) em que aparecia a Igreja Católica repressora, assassina, retrógrada e mentirosa. Foi a época em que mais tive dúvidas. Ao mesmo tempo, um outro evento aconteceu: um ano antes de prestar vestibular, já tinha definido que a minha meta seria o curso de Jornalismo. Embora hoje eu encha o peito pra dizer que “antes de ser jornalista eu sou Católico”, devo reconhecer que se não fosse por influência do Jornalismo talvez eu não conseguisse descobrir o Catolicismo que vivo hoje. Junte os dois fatores: a época em que mais tive dúvidas sobre a minha Fé e o curso em que mais se prima a pesquisa e a busca pela verdade. E foi o que fiz. Em vez de sair da escola engolindo tudo como verdade incontestável, fui pesquisar a minha Igreja. Vi meus três anos de Ensino Médio desmoronarem na minha frente a cada nova descoberta. Visitei as histórias da Reforma Protestante, da Inquisição na Idade Média, das batalhas diárias do Catolicismo, documentos da Igreja, textos dos Doutores da Igreja… Não só descobri o que realmente é a Igreja Católica, como finalmente entendi como ela sobreviveu ao mundo. Deixei de ser Católico de estatística, sou um Católico de fato. Logicamente, não tenho vergonha nenhuma de dizer que ainda estou em processo de aprendizagem, pois mal raspei a superfície. Mas o que eu vi já me seria suficiente. Continuo em busca de mais conhecimento.
Hoje a Igreja está em um princípio de dificuldade aparente, e eu posso dizer o motivo. Os Católicos de hoje são, além de acomodados, BURROS! Quantos dos que se dizem Católicos hoje sabem reconhecer onde há um abuso litúrgico durante uma missa, ou sabem argumentar corretamente quando a Igreja é atacada? Quantos dos que se dizem Católicos hoje abraçam por completo a Santa Tradição, ao invés de querer escolher o que é melhor seguir (aí se criam monstros morais como “católico pró-homossexualismo”, “católico socialista”, “católico abortista”, afins e afins…)? Quantos dos que se dizem Católicos hoje alguma vez leram os textos dos Doutores da Igreja, ou leram algum documento oficial, ou mesmo param pra ler a Bíblia??? Quantos dos que se dizem Católicos hoje são realmente Católicos?

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Brokenhearted - Banda Melody (letra cifrada)

Voltando a postar sobre a melhor banda nascida em terras gaúchas! Ontem à noite teve mais uma twitcam da promissora Melody. Postei aqui tempos atrás sobre a primeira twitcam do sexteto, evento mais do que especial pra mim. Hoje, porém, me toquei de um detalhe que me entristeceu um pouco: acho que tão cedo nós não teremos as tão sonhadas cifras no site. Eu toco violão há consideravelmente muito tempo, mas ainda sou muito básico. Pego muita coisa de ouvido, mas sempre acordes inteiros. O Guiza faz dedilhados em notas menores que eu não consigo acompanhar. Tive a oportunidade de ver “Brokenhearted” tocada ao vivo e – apesar de ser minha nova música favorita – chorei sangue. Não entendi nada. Prestei mais atenção à própria música e peguei os acordes inteiros. Resta saber se tá tudo correto. No que eu testei, é isso mesmo. Só notei que a melodia, pra mim, está muito melhor pra voz feminina do que pra masculina. Tentei cantar sozinho e só gostei – “gostei” – do resultado quando passei do original em dó pra ré. Não ficou nem próximo do que se consegue com o original, mas foi o que deu. A letra está de acordo com o original encontrado no site oficial da Melody, http://www.bandamelody.com.br

BROKENHEARTED
(Guiza Ribeiro)
Am   Em    F
O       O      O
Am   Em    F
O       O      O
Am   Em    F    C
O       O      O
                                                          Am
I won`t be your little star tonight
                                                     F
I`ll forget you, ´cause it feels alright
                                                   Dm      C
And I`m the brokenhearted tonight
                                                                           Am
Feels like drowning ´cause my dreams were sad
                                                                    F
I can`t believe those things I heard you say
                                                         Dm     Bb
And you`re the brokenhearted tonight
                             Dm                                                                          Bb
I am so alive to fall sick and tired at home (I`m the brokenhearted tonight)
                                                                F               C
I`ll spread my wings and fly, I don`t wanna be alone
Am  Em   F
O      O     O
                                               Am
Everybody in the party sing O
Em   F    Am
O      O
                                                                    Em
Take your friends ´cause I`ll take mine
                                                              F
You want me, I wanna see you try
                                                           
I wanna dance ´cause I`m so alive
                                                                        C
           And you`ll be the brokenhearted tonight

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O malefício do tédio

Já vi inúmeros estudos com a intenção de comprovar que o tédio estimula a criatividade. Não acho que isso funcione comigo. Estive revendo as estatísticas do blog e descobri que eu postava muito mais quando tinha mais coisas pra fazer. Mesma coisa com os meus textos particulares. Tudo fluía muito mais facilmente quando eu precisava me concentrar em mais coisas. Não sei o que acontece. Talvez eu esteja vivenciando o que a minha própria geração se tornou: multiplicidade de foco. Uma vez que tu se acostume a se dividir, dificilmente volta a ter esse pique depois que as coisas se acalmam. O blog, confesso com muita vergonha, também sofre com isso. Estou voltando àqueles posts quase bimestrais que eu tanto tentei evitar.
Bom, c`est la vie, vamos tocar o barco... Volto daqui a dois meses. Não, não sei dizer se isso é brincadeira ou não.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Gosick

Não sou otaku, mas já faz um bom tempo que me tornei fã de animes e mangás. Hoje eu quero dedicar um espaço neste blog pra falar minhas impressões sobre um dos melhores e mais emocionantes animes que eu já vi.
O que primeiro me chamou a atenção em Gosick foi a sinopse. Por eu gostar muito de séries policiais (vide Sherlock, The Closer, Cold Case, Without a Trace, Veronica Mars e afins), fui levado a crer que esse seria apenas mais um título interessante que tratasse dessa temática. A história se ambienta na Europa da década de 20, mais precisamente em 1924, com a reconstrução do continente do Pós-Guerra, incluindo o fictício país de Saubure. O jovem estudante japonês Kujo Kazuya é mandado pra um intercâmbio nesse país, onde conhece a pequena Victorique de Blois. A garota tem apenas dez anos e mora na biblioteca da escola, mas já é reconhecida como a maior inteligência do lugar e frequentemente é vista palpitando em casos policiais e desafios de lógica pretensamente insolúveis. Victorique e Kujo iniciam uma amizade e uma parceria.
Por mais que se esforce, é difícil pra Kujo aprender a conviver com a arrogância e a carência de Victorique, mas, quanto mais ele a conhece, mais se dá conta de que a garota é apenas uma alma entediada em um mundo onde quase ninguém se interessa por ela. Seja por sua anti-sociabilidade ou pelo seu simples prazer em se organizar a seu próprio modo, Victorique tinha uma tal barreira à sua volta que ninguém conseguia chegar nela antes de Kujo aparecer. Ele foi o único a perceber que sempre que ela o chamava de “idiota”, o batia, o chutava ou mesmo roubava sua comida, na verdade estava agradecendo por ele se preocupar com ela e sempre estar por perto quando ela precisasse. E não há como negar que há um carinho muito forte entre os dois.
O motivo de eu gostar tanto desse anime, além da temática perfeita e dos mistérios fantásticos em que os dois se envolvem, é o modo como a trama consegue mexer com a atenção e com o emocional daquele que assiste. Eu, particularmente, tenho um problema: não consigo chorar sempre que quero. O final de Gosick foi algo tão impactante e, ao mesmo tempo, tão poético que mesmo eu não consegui evitar de lacrimejar. E fiquei feliz com isso. Animes como Gosick não foram feitos pra serem apenas assistidos, e sim pra serem saboreados.

domingo, 30 de junho de 2013

Sgt. Pepper`s Lonely Heart Club Band

Depois do primeiro deslumbramento causado por eu ser fã dos Bee Gees e finalmente ter tido a chance de vê-los interpretar “Sgt. Pepper`s Lonely Heart Club Band”, comecei a prestar atenção em alguns detalhes menores. Acredito que descobri por que esse filme, que tinha tudo pra ser uma super-produção de Hollywood, se tornou o fracasso que foi em 1979. Não é um filme ruim, mas não foi bem orientado, seja a culpa de quem for. Primeiramente, quero falar sobre a participação de Peter Frampton como o simpático e ingênuo Billy Shears, neto do famoso Sargento Pepper e novo líder da banda original, reforçada pelos jovens e talentosos irmãos Henderson, Mark (Barry Gibb), Bob (Maurice Gibb) e Dave (Robin Gibb). Frampton me pareceu, ao mesmo tempo, um bom ator e um não tão bom performer. Toda vez que ele pegava a guitarra e ia pro microfone, eu quase chegava a ver uma pessoa cujo purgante começava a fazer efeito. E isso levando em conta que ele não canta mal. Peter Frampton tinha uma alegria visívelmente forçada (mesmo atuando ao lado de Sandy Farina), e só pude tecer uma explicação possível quando eu parei pra pesquisar todos os pepinos que ele enfrentava na época em que foi chamado pra fazer esse papel. Devido a isso, dei um desconto pra Peter Frampton.
Mesmo assim, não dá pra ser tão conivente com outros aspectos do filme. Um deles é o excesso de ação. Quase não há diálogo. Barry, Robin e Maurice, que teoricamente também são protagonistas, não possuem UMA FALA sequer. Todas as vezes que abrem a boca, é pra cantar (não que isso seja ruim). Deram atenção demais pras músicas dos Beatles, o que ficou exagerado mesmo se tratando de um musical. Penso que eu mesmo não teria entendido muita coisa se não tivesse lido o livro antes. Sim, o filme tem um livro. Foi escrito por Henry Edwards e é praticamente um guia de tudo o que acontece na tela, muito melhor trabalhado. Mas, como eu disse, “Sgt. Pepper`s Lonely Heart Club Band” não é um filme ruim. Eu seria a favor de uma refilmagem com uma nova equipe de roteiristas, se todos os Bee Gees ainda estivessem vivos. Transformar um álbum em um filme (ou mesmo uma música, como o nosso maravilhoso exemplo em “Faroeste Caboclo”) é sempre uma ideia interessante e desafiadora.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Esclarecimentos sobre a Inquisição Católica

Em 1233, o Papa Gregório IX editou duas bulas. Uma delas, a “Liced at capiendos”, marcou o início do Santo Ofício, ou a Inquisição Católica. Tanta coisa aconteceu nessa época que acabou manchando a imagem da Igreja e, até hoje, respondemos tanto pelos crimes que cometemos quanto por aqueles que nos foram creditados injustamente. Naturalmente, ser Católico não significa fechar os olhos para a nossa realidade histórica. Infelizmente, o restante do mundo parece bastante conformado em aceitar as mentiras que chegaram aos dias atuais. Mas aqueles que se preocupam em fazer uma pesquisa íntegra, imparcial e honesta, encontram algo totalmente diferente.
Algo que normalmente se ensina nas escolas e na “sabedoria” popular é que os padres da Igreja torturavam e queimavam qualquer pessoa por qualquer motivo. Nada mais falso. A tortura e a execução eram ambas feitas pelo Estado Civil, sendo que a Igreja foi a primeira instituição da época a não aceitar confissões sob tortura como provas. Além disso, a Igreja Católica era a única inquisidora a ceder direito de resposta, algo que Calvinistas e Anglicanos nunca fizeram. Havia um prazo de 15 a 30 dias, nos quais o acusado poderia se apresentar e mostrar-se arrependido, recebendo a absolvição. De fato, o acusado poderia receber a absolvição em qualquer parte do processo de julgamento, desde que fosse verdadeiro em seu arrependimento. O professor Orlando Fedeli, da Associação Cultural Montfort, São Paulo, diz: “A Inquisição da Igreja [Católica], diferentemente da Inquisição Espanhola, do Estado, não existia para os Judeus, Muçulmanos e não-cristãos. Ela só julgava quem fosse Católico e tivesse traído a Fé. Há textos de historiadores Judeus que confirmam isso”. A Inquisição tratava-se, antes de tudo, de trazer de volta os que haviam se desgarrado do seio da Igreja. Sua missão era simplesmente limpar a própria casa antes de querer palpitar na dos outros.
Com a Reforma Protestante, vários monarcas impuseram sua nova fé dentro de seus reinos, e quem não a seguisse era severamente perseguido e punido. Reis Anglicanos e Calvinistas acabaram por colecionar mais vítimas do que toda a Igreja Católica na época, inclusive do outro lado do Oceano Atlântico – ou seja, aqui. E eles também utilizavam o nome “Inquisição”, o que foi o suficiente para que seus mortos fossem somados aos mortos Católicos, transformando tudo em uma única e sangrenta Inquisição, que passou com o nome de “Inquisição Católica”. Se tudo fosse verdade, quereria dizer que a Igreja simplesmente perseguia quem fosse contra ela. No entanto, em nenhum momento o Papado se levantou contra a Inglaterra ou a Espanha. Ambos, no entanto, não pensaram duas vezes antes de se atirar contra os Católicos dentro do seu território, ocasionando vários mártires. O trato dos acusados em uma Inquisião e outra era totalmente diferente.
Se um condenado caísse direto no Tribunal Civil, oraganizado pelo Estado separadamente da Igreja, a chance de sua condenação e morte era muito grande. Se caísse em um julgamento da Inquisição, havia mais possibilidades de sair vivo. Exatamente por isso, vários criminosos da época atribuíam seus crimes a uma possessão demoníaca, passando o delito para natureza religiosa e expondo-se aos inquisidores. A tortura adotada pela Inquisição era mais direcionada e menos abusiva do que a do Tribunal Civil, tendo como principais diferenças:

-Era proibido torturar mulheres grávidas, crianças e idosos
-Era proibido torturar duas vezes a mesma pessoa
-Era proibido torturar a ponto de ameaçar a vida de um acusado

Os inquisidores, por via de fato, faziam de tudo para que o acusado provasse sua inocência, ou que pelo menos se mostrasse arrependido. Quando tudo o mais falhava, a Inquisição encerrava o seu papel, passando para a decisão pública. O professor polonês da Faculdade de Filosofia da Universidade de Wroclaw, Dr. Roman Konik, diz em entrevista: Os tribunais da Inquisição foram os primeiros a garantir a defesa ex-ofício e o que hoje é praticado: a prisão domiciliar e a liberdade mediante caução [fiança]. As informações obtidas através de torturas não podiam ser consideradas como prova e deviam ser confirmadas num período posterior de 24 horas. Isso foi uma grande revolução para aqueles dias.
É necessário um livro completo para desmembrar todas as mentiras que nos foram jogadas ao longo da história, inclusive aquelas que não estão relacionadas ao período medieval. Um estudo rápido não serve, a priori, como defesa consistente. Mas como ativista Católico temente a Deus, continuo fazendo o que posso para que a verdade não se esvaia, e que as pessoas consigam perceber que o único modo de acabar com desavenças e debates desnecessários é simplesmente aprender a amar-se e respeitar-se como o próprio Cristo nos instruiu.

FONTES:

sábado, 6 de abril de 2013

Resenha - "Deus Existe"


“Deus Existe” (“The Genius Club”, 2006, produção independente escrita e dirigida por Tim Chey, EUA) é um filme de suspense que, de forma sutil, leva o público a refletir sobre o sistema de relações políticas, sociais e econômicas existente no mundo. Armand é um pensador revolucionário que plantou uma bomba embaixo da cidade de Washington DC. Ele ameaça detoná-la se um seleto clube de gênios não conseguir resolver todos os problemas do mundo em uma única noite. O presidente convoca sete americanos com QI superior a 200: Um professor de matemática vencedor de um Prêmio Nobel, uma cientista, um seminarista, uma dona de cassino, um jogador de baseball, um entregador de pizzas e uma mulher que luta contra o câncer. Na véspera do Natal, o grupo é reunido em um depósito, onde Armand inicia um jogo. Se os sete, mais o preocupado presidente e o irritável agente Brian, não conseguirem marcar mil pontos antes do amanhecer, todos morrerão. Durante a madrugada, Armand faz várias perguntas a eles expondo as falhas da humanidade e detalhes minuciosos de problemas comuns a todos. Entre os assuntos debatidos estão a viabilidade e os efeitos do capitalismo, os motivos menores das guerras, a existência de Deus, a política e os vícios pessoais.
Cada um deles tem uma história pessoal e um segredo. No decorrer do filme, as máscaras que todos usam acabam por cair, revelando as verdadeiras personalidades dos presentes. Em algum momento, todos são forçados a enfrentar algo do passado e usar isso para conseguirem mais pontos ou, no mínimo, ter uma epifania.
Embora passe por temas já debatidos e sem resposta definida, “Deus Existe” é pioneiro por fazer uma abordagem nova, sob a luz de um grupo que necessita achar respostas para sobreviver. O sistema de pontuação utilizado por Armand é muito subjetivo e os pontos são dados por cada resposta recebida sem que se tenha um padrão ou critério. O dito terrorista mostra ter um conhecimento e uma relação próxima com o agente Brian, da guarda pessoal do presidente, e por vezes o público é levado a pensar que Brian é o protagonista da história – reforçado pelo fato de ele ser o narrador de abertura. Ele também é a ligação daquele pessoal com o lugar onde está a bomba, e aquele que se dispõe a descobrir a senha que a desativa.
O cenário principal do filme é o depósito com a mesa e a tela onde os debates acontecem. Devido a isso, poucas vezes são utilizados ângulos abertos, sendo predominantes os closes. As cores escuras e os vídeos de Armand na penumbra reforçaram o clima de suspense e ação rápida. Nas cenas externas, porém, há excesso de cores e luzes. Também é possível notar, embora o elenco tenha sido bem escolhido e bem orientado, um certo exagero em emoções mais fortes, como raiva e tristeza.

terça-feira, 5 de março de 2013

Melody - Welcome To The Party


Desde o ano passado, muito se falou a respeito do lançamento da nova faixa da Melody. A primeira composição totalmente em inglês assinada por Maitê Cunha, Alina Cunha, Guiza Ribeiro e Cacá Lazzari. Devo confessar que eu próprio alimentei várias expectativas sobre o novo trabalho. Sabia, como todos os outros fãs, de pouca coisa concreta, mas tive que aguentar até conseguir baixá-la e ouvi-la. A música – como o nome sugere – é um tema dançante. Apesar disso, não é uma coisa grudenta e de batida exagerada como, infelizmente, a gente se acostumou a ver no cenário nacional. Tem algo nesses seis que sempre faz com que o resultado seja ritmica e harmonicamente perfeito (a única exceção, a meu ver, é “Cara de Pau”, do segundo EP, que fugiu muito ao que se costuma na Melody, mas mesmo essa tem pontos dignos de crédito). No geral, “Welcome To The Party” é uma música muito simples, mas em parte isso a torna deliciosa. Não tenho tanto conhecimento musical assim pra dizer “eletrônico”, “rock” ou “pop dance”, mas me parece ser um apanhado dos três. E, finalmente, um destaque maior pra voz da Alina (a propósito, a Alina tá começando a me fazer olhar com outros olhos pro rap). É sempre maravilhoso o modo como as três, Maitê, Taísi e Alina, se suportam e se encaixam em questão vocálica (embora eu tenha demorado pra saber diferenciar a Maitê da Taísi), mas até “Welcome To The Party” eu estranhava o fato de que a Cunha mais nova entrava muito pouco nas músicas próprias do grupo, comparada às irmãs.
Quanto ao instrumental, não tenho outra palavra a não ser fantástico. Eu tenho o costume de, na maioria das músicas que eu ouço, associar um som a uma cor. Pra “Welcome To The Party”, me veio uma mistura de marrom claro com dourado. Parece estranho, mas me lembra muito o clima de uma boate, por exemplo. Gosto muito do som abafado da guitarra. Não consigo gostar de sons muito abertos. Sou muito tentado a falar mais dos vocais do que dos instrumentais, talvez por não entender muito desses últimos, mas dessa vez não tive como passar batido. Guiza, Cacá, Bilo, parabéns!
O lançamento de “Welcome To The Party” foi mais uma cereja nesse bolo enorme que a gente saboreia desde 2010. Uma faixa excelente de um grupo excelente. Agora é sentar e esperar o clipe dessa música, a ser exibido em breve, o qual foi gravado no dia do meu aniversário ano passado. ^^

POST SCRIPTUM: Finalmente consegui fazer um post sobre a Melody sem compará-la aos Bee Gees. Com certeza seria muito maior do que isso.

sábado, 12 de janeiro de 2013

A primeira década


Hoje é dia 12 de janeiro de 2013. Poucos sabem o que essa data realmente significa. Hoje completou-se exatamente 10 anos que Maurice Ernest Gibb foi levado pra junto de Deus. Queria poder fazer um post decente falando tudo o que ele e os irmãos dele fizeram de bom e importante no mundo da música, e de como tudo isso se refletiu na minha vida, mas a verdade é que eu não me sinto bem. Pode ser que eu consiga fazer algo no dia 20 de maio, mas hoje é uma data muito pesada. Descanse em paz, Maurice. O mundo nunca mais verá alguém igual a ti. Obrigado por suas letras, suas melodias e seus momentos cômicos. Até um dia.