Sou gaúcho. Tenho muito orgulho em dizer que sou desta terra. Nascido e criado em Porto Alegre. Amo minha bandeira e meu hino. Tomo chimarrão com gosto e não dispenso um bom churrasco. Sei onde fica o Alegrete e recomendo os chocolates de Gramado e Canela pra todo mundo. Mas existe uma coisa no Rio Grande do Sul que, sinceramente, é um problema sério. Sim, sou gaúcho e sou contra o Bairrismo.
Bairrismo, pra quem não está acostumado com o termo, é o excesso
de amor pela terra-mãe, a ponto de ser quase um fanatismo. Uma grande parte dos
meus conterrâneos sente verdadeira obsessão pelo Estado dito o melhor do
Brasil. E nenhuma pessoa dotada de um mínimo bom senso pode fazer um comentário
neutro ou mesmo de zoeira sem ser automaticamente chamado de “paulista”. Seja em
qualquer área, mais visivelmente em esportes e política.
Durante muito tempo, principalmente em época de eleição
presidencial, tenho que aguentar um outro nível de bairrismo: os separatistas. Aqueles
que pregam que o Rio Grande do Sul deveria se separar do Brasil e virar um país
independente. De novo. Entre 11 de setembro de 1836 e 1º de março de 1845 fomos
país independente, tomamos no cu e voltamos com o rabinho entre as pernas. Duvido
que fizéssmos melhor hoje. Precisamos do Brasil tanto ou mais do que eles
precisam de nós.
Vamos ser bem claros. Amo meu Estado e sinto muito orgulho em ser
gaúcho. Só que eu não vou de forma alguma alinhar com essa linha de gaúchos que
botam o Rio Grande do Sul no lugar de Deus. A única coisa que isso ocasiona é o
pessoal lá de cima torcendo o nariz toda vez que dizemos nosso lugar de origem.
Somos um Estado igual a qualquer outro e não podemos nos permitir tamanha
arrogância de realmente acreditar que estamos tão acima de alguém.
NÓS TEMOS SKIN NO MORTAL KOMBAT X E VOCÊS NÃO!!!!! CHUPA!!!!!!