Temos
motivos de sobra pra lembrar do vigésimo dia do quinto mês. Posso citar como
exemplos o Primeiro Concílio de Niceia em 325 (com o fim da perseguição aos
Cristãos e a criação do Credo Niceno-Constantinopolitano), a chegada de Vasco
da Gama a Calecute, na Índia, em 1498, ou mesmo – falando em Vasco da Gama – o milésimo
gol de Romário, aquele pênalti contra o Sport, em 2007. Mas eu,
particularmente, tenho outros motivos pra ter o dia 20 de maio tão marcado em
mim. É algo muito simbólico. Trata-se do dia em que podemos ver a música
encontrar as duas pontas do ciclo. O início e o fim. O nascimento e a morte. O
aniversário e o funeral. Talvez soe um tanto tétrico, mas eu consigo ver algo
de poesia. Pode ser simplesmente por eu ser um fã e conseguir ver algo além das
datas. Sim. Mais uma vez Melody e Bee Gees. Agora, porém, com algo muito mais
significativo: Maitê Cunha e Robin Gibb.
20
de maio de 1988. Nasce Maitê, uma das vozes mais potentes da música gaúcha e
membro de uma banda em ascensão que rapidamente está ganhando as graças do
Brasil. Potencial pro sucesso e pro estrelato indiscutível, e reconhecida ao
lado de suas irmãs, namorado e amigos por um dos maiores nomes da música
nacional. Sua luta começou e ainda há muito o que fazer.
20
de maio de 2012. Morre Robin, uma das vozes mais marcantes da música
internacional e membro de uma banda que conseguiu, por três anos, o título de
Maior do Mundo. Legado que contribuiu para o maior acervo de composições
particulares da história. Reconhecido ao lado de seus irmãos como responsável
por uma nova e proeminente cultura. Sua luta terminou e sua herança permanece.
Não
saberia dizer se outros dias poderão se tornar icônicos iguais a este dia 20 de
maio. Não sei nem se no futuro alguém dará tanta importância quanto a que eu
estou dando. Mas se há algo que eu posso garantir, é isso: valerá a pena de um
jeito ou de outro. Enquanto nomes importantes como esses continuarem escrevendo
esses capítulos no curso da história. Até chegar o dia em que só teremos as
lembranças, o coração seguirá cantando, pois a boa música nunca acaba. Os
sentimentos por trás das obras nunca mudam. A única coisa que realmente é diferente
são os poetas.
Feliz aniversário, Maitê. Descanse em paz, Robin.
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