Não
sou otaku, mas já faz um bom tempo que me tornei fã de animes e mangás. Hoje eu
quero dedicar um espaço neste blog pra falar minhas impressões sobre um dos
melhores e mais emocionantes animes que eu já vi.
O que
primeiro me chamou a atenção em Gosick foi a sinopse. Por eu gostar muito de
séries policiais (vide Sherlock, The Closer, Cold Case, Without a Trace,
Veronica Mars e afins), fui levado a crer que esse seria apenas mais um título
interessante que tratasse dessa temática. A história se ambienta na Europa da
década de 20, mais precisamente em 1924, com a reconstrução do continente do Pós-Guerra,
incluindo o fictício país de Saubure. O jovem estudante japonês Kujo Kazuya é
mandado pra um intercâmbio nesse país, onde conhece a pequena Victorique de
Blois. A garota tem apenas dez anos e mora na biblioteca da escola, mas já é
reconhecida como a maior inteligência do lugar e frequentemente é vista
palpitando em casos policiais e desafios de lógica pretensamente insolúveis. Victorique
e Kujo iniciam uma amizade e uma parceria.
Por
mais que se esforce, é difícil pra Kujo aprender a conviver com a arrogância e
a carência de Victorique, mas, quanto mais ele a conhece, mais se dá conta de
que a garota é apenas uma alma entediada em um mundo onde quase ninguém se
interessa por ela. Seja por sua anti-sociabilidade ou pelo seu simples prazer
em se organizar a seu próprio modo, Victorique tinha uma tal barreira à sua
volta que ninguém conseguia chegar nela antes de Kujo aparecer. Ele foi o único
a perceber que sempre que ela o chamava de “idiota”, o batia, o chutava ou
mesmo roubava sua comida, na verdade estava agradecendo por ele se preocupar
com ela e sempre estar por perto quando ela precisasse. E não há como negar que
há um carinho muito forte entre os dois.
O motivo
de eu gostar tanto desse anime, além da temática perfeita e dos mistérios
fantásticos em que os dois se envolvem, é o modo como a trama consegue mexer
com a atenção e com o emocional daquele que assiste. Eu, particularmente, tenho
um problema: não consigo chorar sempre que quero. O final de Gosick foi algo
tão impactante e, ao mesmo tempo, tão poético que mesmo eu não consegui evitar
de lacrimejar. E fiquei feliz com isso. Animes como Gosick não foram feitos pra
serem apenas assistidos, e sim pra serem saboreados.
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