quarta-feira, 17 de março de 2021

Motor ou Turbina? O Problema da Influência Jornalística

 Há coisa de alguns dias ouvi o Flow podcast da segunda vez que o Lito, do Aviões e Músicas, apareceu por lá. Durante a conversa, algo que ele disse me chamou a atenção. Basicamente ele desistiu de tentar explicar para as pessoas que o que nós chamamos de "turbina" na verdade é o motor, e que turbina é apenas um componente interno do motor. Confirmou ainda que esse erro se dá principalmente nas coberturas jornalísticas sobre qualquer coisa relacionada a aviação. Mas o que foi realmente preocupante foi uma conversa que ele disse ter tido com um Jornalista, o qual teria dito simplesmente "se a mensagem foi compreendida, a comunicação foi um sucesso". Lito aceitou isso sem problemas, o fato de que não tem problema as pessoas chamarem motor de turbina porque visualmente todo mundo sabe de que parte do avião está sendo falado.

Como Jornalista, isso me incomoda. É uma versão nossa de "os fins justificam os meios", pois basicamente oficializa que o texto não precisa estar certo desde que o leitor faça suas próprias conexões com outra coisa nada a ver. Nesse caso, implica simplesmente que, se todo mundo sabe onde é o motor, não tem problema chamá-lo pelo nome errado, porque o que importa é a localização. Se esse conceito fosse aplicado em qualquer outra coisa seria um caos - se começássemos a chamar aeroportos de garagem de avião ou algo do tipo. Não nos importamos em corrigir o que está errado simplesmente por preguiça de explicar, ou porque não nos importamos de verdade com aquilo que estamos noticiando? Muitas pessoas se informam quase exclusivamente pelo Jornalismo (o que é um erro terrível), e acreditando piamente na polidez jornalística sobre o que está sendo veiculado. Um único erro que passa por detalhe já deveria ser o suficiente pra que esse leitor começasse a se perguntar "o que mais estão ensinando errado pra mim?".

Já que estamos batalhando tanto atualmente contra a onda das fake news, seria bom um pouco de coerência pra corrigir também os falsos detalhes, simplesmente parando de chamar as coisas pelo nome errado e confiando na auto-suficiência do leitor pra descobrir do que se está falando,

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Donald Trump e o Jornalismo Egoísta


Antes do texto em si é necessário uma explicação de por que decidi pô-lo aqui. Há vários dias uma certa jornalista de certo blog jornalístico (a redundância acaba sendo necessária por questões de contexto, mesmo que não haja motivo pra incluir nenhum nome) publicou análise própria sobre o texto “O Jornalismo Pós-Trump”, da jornalista Daniela Pinheiro, revista Piauí. Apesar de não concordar com o posicionamento das mesmas, gostei do texto e postei um comentário, que foi retido pra análise da moderação. Ocasionalmente verificava o que tinha acontecido, e sempre me deparava com a caixa de comentários vazia. Atribuí isso a simples questão de prioridade ao tempo e deixei passar. Hoje, porém, estou mais propenso a aceitar que meu comentário simplesmente não foi aceito pela moderação. Decidi ir direto à fonte e comentar na matéria original da Daniela Pinheiro, no site da Revista Piauí. Pra minha surpresa, não há caixa de comentários. Talvez seja ativa apenas aos assinantes, mas mesmo assim diz alguma coisa sobre esse Jornalismo que escolhe o que quer ouvir e de quem quer ouvir. Não que haja alguma surpresa nisso, mas se trata de algo que valeria uma discussão mais a fundo. E já que, de algum modo, me tornei responsável pela minha própria voz, este é o meu espaço, embora em circunstâncias normais esse post nem sequer existiria. Isso posto de lado, meu comentário acaba se tornando voltado diretamente ao texto original da Daniela Pinheiro, que não é ruim apesar de abordar o problema proposto de um ângulo tanto egoísta. Pelo menos alguém teve senso de apontar uma nova linha de raciocínio.

Uma boa reflexão e um texto muito bem embasado, mas penso que alguns detalhes menores – ainda que relevantes – foram deixados de fora, inclusive pela própria Daniela Pinheiro. Então, se me permite o espaço... [Mantive a frase pra cuidar a fidelidade do texto original, embora seja óbvio que o tal espaço não me foi permitido]
Houve um candidato muito mais bem preparado que Donald Trump pra concorrer pelo Partido Republicano: Ted Cruz. Chegou inclusive a ameaçar derrotá-lo durante as primárias. No entanto, cedeu sua vaga. Por quê? Porque Cruz entendia que os Estados Unidos não acreditariam num Republicano que parecesse só a promessa de uma extensão do Governo Bush, precisavam de alguém que, antes de tudo, mostrasse saber de verdade os problemas do país e como resolvê-los. Se, por milagre, Ted Cruz fosse eleito, seria pouco mais que uma fachada. Trump era o líder que precisavam lançar, e assim o fizeram. O texto fala numa falha do Jornalismo em separar o Trump político do Trump celebridade. Uma falha maior ainda é ignorar que o Trump político NUNCA existiu. Sempre foi o Trump pensador, observador, estrategista e homem de negócios. Manipulou o Jornalismo? É ÓBVIO QUE SIM! PORQUE O JORNALISMO DE HOJE É IDIOTA O SUFICIENTE PRA SER PREVISÍVEL! Sendo eu mesmo um graduando em Jornalismo, posso afirmar sem medo que o desafio principal do jornalista – e seguramente o mais ignorado por uma fatia gigante dos profissionais – é saber o que fazer sem se permitir ficar arrogante. A maior glória de um jornalista é um Pulitzer, e não um texto bem escrito e bem apurado.
Os jornalistas americanos ficaram putos porque os discursos de Trump não eram destinados a eles, e sim diretamente aos potenciais eleitores. O Jornalismo atual não aguenta que a autoridade tenha um canal direto ao público, precisa ser o filtro ou então perde sua razão de existir. Gilbert K. Chesterton (que era jornalista entre diversas outras coisas) avistou isso muito bem quando disse: "O Jornalismo consiste largamente em dizer que Lorde Jones morreu a pessoas que nunca souberam que Lorde Jones estava vivo". Os jornalistas, vamos falar sério, gostam de soltar informações de acordo com o impacto que eles querem que tenha no público. Um exemplo excelente disso é justamente a polêmica do muro. "Ah, é um intolerante, quer fechar os Estados Unidos, não gosta dos mexicanos, não gosta dos latinos", etc. etc. etc.. Tudo porque queria aumentar o controle das fronteiras e manter os imigrantes dentro da lei. Mas o que realmente interessa é: se um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México é uma ideia tão intolerável e preconceituosa, por que as pessoas iriam querer eleger a esposa do homem que teve a ideia original? Convenientemente o Jornalismo deixou essa informação de fora, o primeiro muro foi idealizado E CONSTRUÍDO pela gestão de Bill Clinton. E a primeira vez que se falou numa expansão foi em 2006, quando Barack Obama estava na Casa Branca. E o Jornalismo só viu problemas quando foi Trump que falou nisso.
Baron foi a única fonte dessa matéria que realmente parecia interessado em fazer Jornalismo sério e disse verdades incontestáveis: "Além de sermos ruins em previsões, somos dados a afazer muitas suposições acerca de tudo. É preciso ter muito cuidado com isso [...] O antídoto de previsões erradas é ir para a rua e apurar. Formule perguntas e as responda objetivamente, não presuma nada", a frase mais verdadeira de todo o texto. O Jornalismo um dia serviu pra dizer às pessoas o que estava acontecendo. Em algum momento do caminho esse propósito se perdeu quase que por completo, e atualmente o Jornalismo faz um esforço sobre-humano pra dizer às pessoas o que elas devem fazer. A pior parte é ver quanta gente apoia com fervorosidade o Jornalismo como "quarto poder". Isso é muito prejudicial. Valida o jornalista a fazer quase qualquer coisa porque "o público precisa saber" - e isso simplesmente por que o jornalista quer que seja assim. Depois que Trump foi eleito, os jornalistas tentaram uma última cartada - as promessas de campanha. Quando perceberam que o Presidente eleito estava realmente disposto a cumprir cada uma delas, e que efetivamente estava prestes a cumprir algumas, tudo acabou, os jornalistas finalmente admitiram que não tinham a menor ideia do que ia acontecer a seguir.
O que quero enfatizar com isso é o problema que o Jornalismo tem nas mãos ao se dar uma importância absurdamente maior do que a que realmente tem. "O Jornalismo muda o mundo", "o Jornalismo é o espelho da realidade", "o Jornalismo é o meio de comunicação mais confiável", mas é incompreensível para os jornalistas o fato de que o mundo gira independente da vontade deles. No caso da eleição de Trump, o candidato já sabia que seria vencedor exatamente porque os jornais davam como certa a vitória dos Democratas. Hillary Clinton culpou todo mundo por sua derrota, menos a sua própria inépcia. Chegou-se ao absurdo de recontar os votos em Winsconsin e descobrir mais de 100 votos extras pra Trump. Curiosamente, não há na matéria inteira nenhuma palavra sobre a atuação de Hillary em Benghazi. Engraçado como enchem a boca pra dizer que Trump é “misógino” (isso vindo do mesmo espaço que parece esquecer nossos próprios misóginos, como Lula e Zé de Abreu), mas acha que seria melhor empossar na Casa Branca uma potencial cúmplice de terrorismo – e posso usar exatamente esse termo, porque se a palavra basta como acusação, Trump é tão misógino quanto Hillary é cúmplice de terrorismo.
Donald Trump na Casa Branca representa, sim, uma ameaça direta ao Jornalismo. Não porque aumentará o risco de censura, mas porque forçará o Jornalismo a sair de sua zona de conforto e voltar às raízes, com sapato sujo, trabalho pesado e sem a pretensão de produzir videntes e ‘especialistas’ que sabem de tudo sem realmente saberem de nada. E é justamente por isso que acabo tendo um certo respeito pela Daniela Pinheiro, ainda que discorde categoricamente de quase todas as conclusões dela. Deixou bem clara, sem filtro e sem rodeios, a sua posição ideológica, o que é bastante honesto considerando todos os outros que ainda tentam se esconder naquela cortina de fumaça chamada "imparcialidade", obviamente inexistente. E, trazendo Chesterton de volta: "O Jornalismo é popular, mas é popular principalmente como ficção. A vida é um mundo, e a vida vista nos jornais é outro".

quinta-feira, 1 de junho de 2017

... E Sherlock Holmes tinha razão...

O maior (tanto de qualidade quanto de barriga) autor de livros da Grã-Bretanha, Gilbert Keith Chesterton, era Jornalista dentre outras várias atividades. Uma de suas frases imortais diz o seguinte: “Não foi o mundo que ficou pior, foi o Jornalismo que ficou melhor”. Chesterton se referia principalmente ao modo como os jornais pareciam mostrar mais precisamente os detalhes da notícia, com menos fantasia e mais informações concretas, de certa forma uma novidade no início do século XX, sucessora de uma época marcada pelo chamado Jornalismo Literário. Jornalismo este que Truman Capote, por alguma estranha razão um dos maiores nomes jornalísticos do século passado, parece ter se empenhado vivamente em trazer de volta em “A Sangue Frio”. A história de como dois asssassinos – Richard Eugene Smith e Edward Perry Smith – invadiram a casa de Herbert Clutter e mataram-no, assim como os demais membros da família, a esposa Bonnie e os filhos Kenyon e Nancy.
Capote dedicou anos de sua vida profissional a pesquisar tudo o que foi possível sobre o massacre da família Clutter, no Estado do Kansas, em 1959. Alguns poderiam ver essa frase e pensar simplesmente que o autor passou horas em bibliotecas e arquivos de jornais ou pendurado no telefone. Bem provável que isso também tenha acontecido, mas também ajudou o fato de que Capote chegou em Holcomb, palco da tragédia, um mês depois de esta ter acontecido, de modo que acompanhou em primeira mão praticamente toda a investigação feita em busca dos assassinos. É importante destacar esse detalhe. Um bom Jornalismo é feito, antes de tudo, com uma apuração que seja no mínimo ótima. O Jornalista que consegue deitar as mãos no maior número possível de materiais relevantes ao seu trabalho pode permitir que a história surja por si mesma, sem praticamente nenhuma interferência de sua parte. E é importante destacar também este ponto, porque existe um mito corrente entre os leigos que se deve, de certa forma, a esta obra: toda informação concernente a um assunto merece ser publicada.
E não, não merece.
Se existe algo de condenável em “A Sangue Frio” é que Truman Capote mostrou ser, se não um sonhador, um mentiroso. Ele promete Jornalismo e entrega um romance água-com-açúcar. Ele teve nas mãos a chance de entregar um material que seriviria de guia tanto de apuração jornalística quanto de investigação policial. Capote preferiu esconder o máximo possível de informações relevantes a respeito do passo a passo da rotina policial e encher o relato de floreios e devaneios. Há de se questionar mesmo até onde podemos confiar no quanto de imersão o autor teve para descobrir cada pensamento e ação ínfima de cada personagem participante da trama. Como, por exemplo, no trecho abaixo:

-Nossa, Kenyon! Estou te ouvindo.
Como sempre, Kenyon estava com o diabo no corpo. Seus gritos subiam pelas escadas:
-Nancy! Telefone!
Descalça e de pijamas, Nancy desabou pelas escadas. Havia dois telefones na casa: um no quarto que o pai usava como escritório, outro na cozinha. (Pg. 22; Editora Abril)

A única informação relevante nesse trecho é o número de telefones e a localização dos mesmos. O resto é apenas uma tentativa de fazer o leitor entender que os Clutter eram uma família interiorana comum com uma rotina comum de família. Algo que poderia ter sido explicado em menos de um capítulo apenas com entrevistas feitas com amigos e vizinhos. Além disso, nesse trecho participam apenas Kenyon e Nancy, ambos mortos durante o ataque. Como Capote saberia todos os detalhes precisos da cena e do ambiente sem pelo menos uma testemunha? Situações assim aparecem em diversas partes do livro, e piora quando o autor embarca em sonhos e pensamentos pessoais dos personagens. É o suficiente para começar a questionar se Capote não aproveitou para tomar algumas “licenças poéticas” em pontos específicos. Mas se isso realmente aconteceu em um livro que deveria ser um relato jornalístico, pode-se questionar a veracidade de TODOS os fatos apresentados ali. E isso por si só é um grande problema.
E assim é explicado o título desse texto ser “... E Sherlock Holmes tinha razão...”. Para quem lembra dos contos do detetive criado por Sir Arthur Conan Doyle, Sherlock Holmes tinha exatamente essa reclamação a respeito dos humildes relatos feitos pelo Dr. John Watson: transformar aquilo que seria uma amostra das habilidades analíticas de uma investigação real em uma literatura comum “que pode muito bem entreter, mas não instruir o leitor”. O livro por si só é uma ótima narrativa, prende a atenção e cumpre o seu papel como literatura. Mas, e faz-se necessário voltar a insistir, “A Sangue Frio” é um romance literário baseado em fatos reais, e NÃO um livro-reportagem, e seria muito mais decente da parte de Truman Capote se tivesse admitido essa verdade desde o princípio.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Será que os Simpsons realmente previram o acidente com a Chapecoense?



Episódio 9 da quinta temporada
“The Last Temptation of Homer”
Exibido em nove de dezembro de 1993

Trecho: Burns demite o seu Supervisor de Vazamentos Perigosos, e precisa substituí-lo por alguém que não lhe custe tanto dinheiro. O estrangeiro presumivelmente russo Zatroy é integrado ao corpo de funcionários. Seu trabalho é dar duro todo dia em troca de “um centavo reluzente”. Nesse ínterim agentes do Ministério do Trabalho invadem a usina e acusam Burns de usar estrangeiros ilegais em trabalhos forçados na usina. É revelado que durante as buscas foi encontrado um time de futebol brasileiro trabalhando dentro do reator. Burns se justifica dizendo que o avião deles caiu em seu quintal.

Time de futebol brasileiro (Chapecoense) – avião caiu numa terra que não lhes pertencia (terra estrangeira; fora do Brasil) – estão presos em trabalhos forçados e não podem voltar pra casa (eufemismo pra “estão mortos”). Seria isso uma previsão?

NÃO, NÃO SERIA!

Já não é a primeira vez que o programa “The Simpsons” é citado como tendo feito alguma previsão estupenda, sendo que a grande maioria já foi desmistificada ou até mesmo derrubada. Copa do Mundo, Vitória de Trump nas eleições presidenciais, Ebola, Onze de Setembro… Todas elas. Vou dedicar um pouco de tempo sobre essa nova “previsão” e mostrar o outro lado da coisa.


Como dito, este episódio foi ao ar em nove de dezembro de 1993. A data é importante mais pra frente. O foco é destacar o seguinte ponto: Burns estava sendo investigado por manter imigrantes ilegais na usina nuclear. O primeiro absurdo satírico é o próprio Zutroy, o russo que Burns descreve como sendo “tão americano quanto a torta de maçã”. Por que um russo e não um mexicano ou qualquer outro latino? Penso eu que foi simplesmente porque esssa piada pode ser explorada de outra maneira. Lembremos dos latinos ilegais. Sempre que alguém fala nisso imediatamente vem à mente os mexicanos, só que os latinos se estendem pra bem mais ao sul. O que seria absurdo nesse caso? Um grupo inteiro de latinos sendo mantidos ilegalmente na usina. Um grupo grande, como um time de futebol? Sim, é suficiente pra essa piada. Então, um time de futebol de latinos, que país vem à mente? Brasil, é claro. Por essa perspectiva, um time de futebol brasileiro sendo mantido ilegalmente pelo Sr. Burns na usina nuclear parece mais claro.

Mas por que um avião?

Vamos imaginar por um instante que isso realmente seja digno de nota. Um homem como Burns não teria interesse num grupo assim a menos que caísse direto no seu quintal. Mas não foi exatamente o que ele disse? “Caiu no meu quintal”. O que ele poderia fazer nesses casos? Avisar as autoridades ou aproveitar a mão de obra praticamente gratuita. E o próprio episódio mostra o que Burns fez.

É uma teoria ridícula? Sim, é forçadamente ridícula, mas ainda é melhor do que aceitar uma ideia ainda mais estapafúrdia que é a “previsão do futuro”. Sem contar outro detalhe: as pessoas estão esquecendo outra coisa que aconteceu naquele ano de 1993, mais precisamente em 27 de abril: a queda do avião que matou a Seleção da Zâmbia. Cada episódio de “The Simpsons” leva seis meses pra ficar pronto, então o programa que foi ao ar em nove de dezembro deve ter sido começado pelo menos em maio. Não seria então uma forma de lembrança aos mortos da Zâmbia? Pouco provável, mas ainda mais possível do que “previsão do futuro”.


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Jogos da minha infância

Esses dias eu parei pra pensar nos jogos que eu jogava antes de me interessar em trabalhar com essa temática, e percebi que eu não tinha uma biblioteca muito variada até um tempo atrás. Em parte por questão financeira, em parte por ainda não entender direito como a internet funcionava. Tive alguns nomes, e acredito que foi uma pitada de sorte que fez com que quase todos eles fossem bons e me troxessem boas lembranças.
Tive um console daqueles que tentam imitar algum mix da Nintendo com a Sony em oito bits e vem com pretensos um milhão de jogos (que na verdade são variações sutis dos mesmos jogos), e dentre eles vinha o “Super Mario Bros” clássico. Um dos maiores arrependimentos da minha vida foi ter me desfeito desse console, fico triste só de lembrar. Nunca zerei o “Super Mario Bros”, sempre travava nas primeiras fases do último mundo, mas me diverti por boas horas ali. Descobri sozinho as Warp Zones e alguns segredos de fase.
Um amigo que eu tinha me deu de presente o “Dracula II” e o “Hitman: Silent Assassin”. O “Dracula II” era muito legal, mas eu não sou muito de jogos de terror e suspense já que eu sou muito medroso. O jogo vinha em dois CD`s e eu nunca conseguia fazer o segundo CD funcionar direito. Já na primeira cutscene travava e eu não podia dar sequência. Já o “Hitman: Silent Assassin” foi talvez o jogo que eu mais aproveitei durante a minha infância. Zerei várias vezes, voltava algumas vezes pra repetir minhas fases favoritas, de vez em quando testava alguns cheats só pelo prazer da bagunça. Me apaixonei demais pela franquia e sonho um dia poder levá-la inteira pra Gaming Room em alguma oportunidade, desde o primeiro até o último.
O primeiro jogo que comprei com meu próprio dinheiro foi “Midnight Nowhere”, e apesar do que eu disse sobre jogos de suspense e terror, tive momentos ótimos com esse jogo. Mas só até o fim da primeira parte, pois depois disso eu fiz alguma coisa errada na gameplay e não consegui mais avançar. O curioso com este jogo é que eu nunca mais consegui instalá-lo em nenhum sistema mais recente, seja Windows 7 ou Windows 10. Só funcionou de verdade no Windows XP, e eu não entendo isso até hoje.
Outro jogo que fez parte dessa época foi “Mini Car Racing”, e é interessante eu falar porque é um joguinho bem simples, mas que vicia de verdade. Aqueles mini carrinhos em alta velocidade se destruindo pela pista. É até hoje um dos melhores jogos que eu tenho.
Criar a Gaming Room junto com o Henrique foi um fator importantíssimo pra eu resgatar essa nostalgia e descobrir o que eu quero fazer dentro do Jornalismo. Quero descobrir mais jogos sensacionais como esses e ajudar outros gamers a conhecê-los também. O bom de eu e o Henrique termos bibliotecas tão diferentes é justamente isso, poder ampliar nossos campos de busca, e isso me anima demais a continuar produzindo conteúdo pro canal. Então que venham os jogos!

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Oração pelo Combate ao Desespero

Livra-nos, Senhor, das garras da vaidade e do egoísmo. Dai-nos a graça de saber levar a verdade do Evangelho mantendo a misericórdia e a piedade. Acendei em nós a luz inspiradora do vosso divino Espírito, guia eterno da humanidade. Mostrai ao mundo a força e a benevolência da tua Palavra e a verdade que liberta.
Virgem Maria, mãe de Deus e da Igreja, ensinai a virtude da paciência e a sabedoria da humildade. Guiai teus filhos despreparados e leva-os ao teu filho salvador. Rainha do Céu, cubra o mundo com seu manto e ensina-nos a ser verdadeiros seguidores de Jesus Cristo.
Santos e Santas, que em vida mostraram como seguir o Evangelho, sejam nossa inspiração diante das dificuldades diárias. Que suas vidas, suas rotinas, seus escritos e suas ações não nos deixem esquecer do Deus que procuramos diariamente. Não busquemos a salvação em pessoas, mas no Criador e único Deus que vocês adoraram e pregaram ao mundo.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Gaming Room



No semestre passado, enquanto cursava cadeira de Administração em Jornalismo sob a tutela da Profa. Ana Cecília, recebi a notícia de que o trabalho de conclusão da cadeira era criar um projeto de empreendedorismo relacionado à comunicação. Paralelo a isso, um colega meu chamado Felipe sugeriu que eu investisse na criação de uma agência de comunicação relacionada ao Jornalismo Gamer, que é bastante primário e falho no Brasil. Me juntei ao meu amigo e sócio Henrique e criamos a Agência de Comunicação Gaming Room, que lançamos como um canal no YouTube com vídeos de análises e gameplays. Hoje ainda somos obviamente pequenos, mas estou pronto pra dizer que é isso o que eu quero pra mim como carreira.
Nossa equipe conta atualmente com quatro pessoas, ainda descobrindo como dar os primeiros passos. Mas quanta coisa já fizemos até agora! Até esta data estamos com 20 vídeos no ar, conseguindo manter a média de um vídeo por semana. Temos página oficial no Facebook e um blog abastecido com a mesma frequência. Nossa primeira entrevista foi com o FunkyBlackCat, o maior YouTuber de Porto Alegre e – provavelmente – da Região Sul. Jornalistas especializados da área já olharam pra nós. Não estamos nada mal pra quem ainda não tem meio ano de vida. Este é só o começo. Queremos fazer história. AVANTE, GAMING ROOM!!!